Claudia Rodrigues votou, na semana passada, ao Zorra Total, da Globo, após um ano e três meses afastada da tevê. A atriz está com o antigo quadro Ofélia, o mesmo que fazia antes de ter seu programa solo (A Diarista) e depois ter precisado se ausentar por conta da doença que enfrenta: esclerose múltipla.
A assessoria da Globo informou que, como o Zorra Total não tem quadros fixos, não é possível afirmar que Ofélia e Fernandinho estarão no ar todos os sábados, mas garantiu que o quadro volta ao Zorra em definitivo, com a presença da atriz. Certo é que ela já gravou outros programas e ainda vai gravar de novo na próxima semana.
Antes de voltar à tevê, após a doença ter atingido seu pior estágio, em 2009, Claudia concedeu uma entrevista à Revista Época, nas semana passada. Nela, a atriz contou detalhes da doença, revelou que sua memória está boa e que não sente insegurança.
Confira os principais trechos da entrevista:
Como você descobriu que sofria de esclerose múltipla?
Quando a doença passou a incomodar?
"Foi por volta de junho de 2009. Passei a sofrer problemas de memória durante as gravações de A diarista. Eu nunca tinha problemas para decorar textos. Me passavam em cima da hora, eu ia lá e fazia. Nunca tinha pedido texto no meio da gravação. O esquecimento me abateu. As gravações foram interrompidas. Fiquei chateada".
Como a doença a afetava?
"Não conseguia nem falar, né? Eu falava era um “blã, blã, blã”. Eu tinha dificuldades para andar. Agora estou andando melhor. E a memória, né?"
Como foi interromper a carreira?
"Foi muito complicado. Eu sou formada em educação física, dei aulas por três anos. Não sinto muitas saudades. Me descobri atriz. Não sei fazer outra coisa. Minha mãe até perguntava se eu iria ficar parada em casa. “Mãe, eu só quero atuar.” (Silêncio.) Fico chateada. Não tinha costume de ficar em casa. Agora fico muito tempo aqui".
Como é ficar sem atuar?
"Eu vejo televisão e penso: “Por que eu não estou lá?”. Não quero tomar o papel de ninguém. Só quero atuar. Depois que você sai do foco, as pessoas te esquecem".
E o tratamento?
"Eu fiz em São Paulo. Logo eu, que sempre fiz piada de São Paulo, uma cidade com muita gente, prédio pra caramba, com pessoas que falam mal de carioca... (a agente, paulistana, faz cara feia). Não adianta fazer essa cara, não (risos). Me consultei com o doutor Charles Tibery, do (Hospital Albert) Einstein. Eu falei: “Meu cérebro não está bom, né?”. Ele disse que não. “Então tchau”, respondi. Ele disse: “Tchau, não. Você vai ficar aqui uns dias”. Comecei a tomar o natalizumabe (medicamento) e melhorei muito".
E hoje, você acha que está boa?
"Minha memória está bacana. Coisas de que eu não lembrava, como números de telefone, agora eu me lembro. Outro dia lembrei da minha matrícula da faculdade. Eu me sinto bem".
O que pretende fazer agora?
"Se Deus quiser, sexta-feira vou ao Projac e gravo uma Ofélia. Tomara que seja a primeira de muitas".
Ansiosa?
"Mais ou menos. Quero voltar a interpretar e fazer bem o papel".
Alguma insegurança?
"Não".
O Fuxico

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