A famigerada briga pela audiência entre as emissoras de TV conquista a cada dia novos adeptos. Fãs de emissoras travam diariamente um embate onde a arma usada é a palavra. Cada qual vende seu peixe com o melhor das garantias e qualidades possíveis. Mas, até que certo ponto isso é saudável?
É fácil cada qual elogiar “sua” emissora e desfazer das outras, é muito fácil fecharem os olhos, menosprezar o trabalho dos outros e bancar o petulante em expor ou tentar mostrar que aquela sua concepção é a correta. Até que ponto vai o “FÃnatismo” exorbitante? Até onde vai essa “paixonite” aguda de certas pessoas que só vêem o negativo nas demais emissoras e o positivo na “sua”?
Já pararam pra pensar que os que mais criticam são os que mais assistem os canais concorrentes de “sua” emissora? Será que isto não está ligado ao fato de verem a qualidade nestes canais e temendo que outras pessoas também enxerguem o mesmo, desfazem do trabalho dos outros?
Esta guerra entre Globo X Record e Record X SBT tá longe de acabar, pelo menos até o dia que entenderem que há espaço pra todos e principalmente se respeitarem o vizinho.
Que os fãs da Globo reconheçam o sucesso do “Domingo Espetacular” frente ao fracasso do “Fantástico”, que os fãs da Record reconheçam as derrotas frequentes de Ana para Celso Portiolli, que os fãs do SBT reconheçam a improdutividade da grade perante as concorrentes. É simples, basta ser realista, não arranca pedaço de ninguém.
Os factóides criados por alguns viram piadas perto da realidade, vejamos um exemplo qualquer.
Alguns que abusam do poder que detém teimam em afirmar que a atual edição da “Fazenda” é um sucesso. É necessária uma retificação. “A Fazenda 3” é, disparada, um grande sucesso a comparar com as duas primeiras edições.
Estes mesmos juram de pé juntos que “Passione” é fracasso quando comparada com “A Fazenda”. Vamos às constatações. “Passione” está longe da meta (40 pontos) estabelecida pela Globo, mas é de longe um grande sucesso quando comparada com o reality rural. A novela tem um share que varia entre 52 e 56% enquanto o reality entre 18 e 22%, é o mesmo que dizer que a cada 10 pessoas 5 acompanham a novela e 2 o reality, óbvio que cada um em seu respectivo horário. Façam a prova dos nove, saiam às ruas e questionem seus conhecidos. Perguntem quem eles acham que será assassinado na novela da Globo e peça que estes mesmos cite o nome do fazendeiro da semana. Aceitam o desafio?
Alguns fãs falarão: ah, mas não se pode fazer comparações entre produtos da Globo e Record pois existem diferenças escancaradas em estrutura, profissionais, objetivos, metas, passados e presente, né? Mas, não entendo, não são estes mesmos fãs da Record que sempre comparam as duas? Aí sim, nós fomos surpreendidos novamente, né Zagallo?
Não dá pra entender. Quando ganha comparam, quando perde criticam por que foi comparado. É contraditório, dúbio e desesperador, vê certas pessoas tentarem fixar seu fanatismo na cabeça dos outros. Hoje surgiu esta pergunta: Globo é Globo, Record é Record. Quando perceberão? Faço deste questionamento um bumerangue.
Existe de fato uma “onda” que nas vitórias criticam, menosprezam, humilham e ofendem os “rivais”, e existe também está mesma onda que nas derrotas se faz de arredia e vítima. Ahan Cláudia senta lá.
Até onde vai a maturidade para se reconhecer os erros e acertos? Que os “globistas”, “recordistas”, “sbtistas” e “brenistas” de plantão reconheçam seus erros e acertos. Assim como cobram dos “rivais” passem a exercer o mesmo com sua emissora favorita, vamos tentar?
Deixem a arrogância de lado, baixem a cabeça, reconheçam a capacidade do outro, quero só vê se serão capazes disso. Fãs são aqueles que criticam e elogiam “sua” emissora e fazem o mesmo com as “rivais”, isto é ser fã, os demais são FANÁTICOS.
Ponham a viola no saco e deixem de tolice. Ah que isso eles estão descontrolados.
Por João Paulo Dell’Santo
RD1 Audiência

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